Face Tangencial
Face Radial
Fotomacrografia (10x)

Nome científico: Buchenavia huberi Ducke, Combretaceae.
                        Terminalia amazonia (J.F. Gmel.) Exell, Combretaceae.

Observação: As madeiras  de tanibuca ou cuiarana são pesadas e apresentam cerne variável do castanho-amarelado ao castanho-oliva, pertencem aos gêneros Buchenavia e Terminalia, cuja distinção das espécies amazônicas é difícil.
Devido à semelhança de suas propriedades, essas madeiras são comercializadas em conjunto sob o mesmo nome comercial. Nesta ficha são apresentadas informações para a espécie Buchenavia huberi e Terminalia amazonia, sendo mencionada a espécie quando pertinente.
Outros nomes populares: cuiarana, guarajuba, jataí-amarelo, mirindiba, timboritá.
Nomes internacionais: almendro (Colômbia), amarillo (Venezuela), bois gris gris (Haiti), bois margot (Haiti), granadillo (Porto Rico; Venezuela), jucaro amarillo (Cuba), mountain wild olive (Jamaica), nargusta (ATIBT,1982), yellow oliver (Trinidad e Tobago), yellow sanders (Jamaica; Trinidad e Tobago).
Ocorrência:
Brasil: Amazônia, Amazonas, Mato Grosso, Pará.
Outros países: Bolívia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela cor, cerne castanho-amarelado ao castanho-oliva, as vezes com estrias avermelhadas; cheiro e gosto indistintos; densidade alta; grã direita; textura fina. (IPT,1989a; IPT,1989b; IPT,1983) 

Descrição anatômica macroscópica:
Parênquima axial: axial visível só sob lente; pouco contrastado, paratraqueal aliforme tendendo a forma confluências curtas e ,às vezes, marginal em faixas finas.
Raios: visíveis só sob lente no topo e na face tangencial.
Vasos: notados a olho nu no topo; porosidade difusa, solitários predominantes e múltiplos; ocasionalmente obstruídos por óleo-resina ou substância branca.
Camadas de crescimento: demarcadas pelo parênquima marginal.

Fonte: (IPT,1983) 

DURABILIDADE / TRATAMENTO

Durabilidade natural: A madeira de tanibuca, segundo observações práticas, é considerada de resistência moderada ao ataque de organismos xilófagos. (IPT,1989a) 

Tratabilidade: com base em sua estrutura anatômica, deve ser permeável às soluções preservativas quando submetida à impregnação sob pressão. (IPT,1989a) 

CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO

Trabalhabilidade: A madeira de tanibuca é considerada de moderada facilidade de ser trabalhada. As operações de aplainamento, torneamento, furação e pregação são consideradas de regular a fáceis. O acabamento é bom. A colagem é fácil. (IPT,1989a) 

Secagem: A secagem é classificada como rápida em estufa, com tendência a ocorrência de encanoamento moderado. (IBAMA,1997a) 

Programa de secagem pode ser obtido em (IBAMA,1997a) 

PROPRIEDADES FÍSICAS

Densidade de massa (r):
Aparente a 15% de umidade (rap, 15): 948 kg/m³ (IPT,1989a) 

Contração:
Radial: 6,0 %
Tangencial: 9,1 %
Volumétrica: 14,7 %

Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT
Fonte: (IBAMA,1997a) 
Para comparar esses valores de contração (CCOPANT) com aqueles obtidos pela Norma ABNT (CABNT) é necessário transformá-los usando a equação:   CABNT = CCOPANT / ( 1 – (CCOPANT / 100)) 

PROPRIEDADES MECÂNICAS

Flexão:
Resistência (fM):
      Madeira verde: 101,5 MPa
      Madeira a 15% de umidade: 155,0 MPa
Módulo de elasticidade – Madeira verde: 12945 MPa

Compressão paralela às fibras:
Resistência (fc0):
      Madeira verde: 52,8 MPa
      Madeira a 15% de umidade: 83,7 MPa

Outras propriedades:
Cisalhamento – Madeira verde: 10,4 MPa
Dureza janka transversal – Madeira verde: 9375 N
Tração normal às fibras – Madeira verde: 5,8 MPa

Resultados obtidos de acordo com a Norma COPANT
Fonte: (IBAMA,1997a) 

USOS

Construção civil:
Pesada externa:
      dormentes ferroviários
Pesada interna:
      vigas
      caibros
Leve interna, estrutural:
      ripas

Assoalhos:
      tábuas
      tacos

Outros usos:
      lâminas decorativas
      peças torneadas
      cabos de ferramentas
      implementos agrícolas
      transporte