Nome científico: Corymbia citriodora Hill & Johnson, Myrtaceae.
Eucalyptus citriodora Hook., Myrtaceae.
Observação: Madeira de reflorestamento
Outros nomes populares: eucalipto.
Nomes internacionais: lemon-scented gum (Austrália).
Ocorrência:
• Brasil: Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo.
• Outros países: África do Sul, Austrália, China, Indonésia, Malauí, Portugal, Quênia, Ruanda, Tailândia, Tanzânia, Zimbábue.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela cor, cerne pardo, alburno branco-amarelado; sem brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã variável: direita, ondulada e revessa; textura fina a média.
Descrição anatômica macroscópica:
• Parênquima axial: visível apenas sob lente, paratraqueal vasicêntrico e aliforme de aletas curtas.
• Raios: visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial; finos; de poucos a numerosos.
• Vasos: visíveis a olho nu, pequenos a médios; poucos; porosidade difusa; arranjo radial e diagonal; solitários e múltiplos; obstruídos por tilos.
• Camadas de crescimento: pouco distintas, quando presente individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras.
• Canais axiais traumáticos: presentes em alguns espécimes.
Fonte: (Angyalossy-Alfonso,1987)
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural: Madeira suscetível à ação cupins e xilófagos marinhos. (Berni et al.,1979; Lopez,1982) Resistente ao apodrecimento e durável ao ataque de cupins. (Silva,2001)
Tratabilidade: o cerne é difícil de ser tratado, entretanto, o alburno é permeável. (Berni et al.,1979; Silva,2001)
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO
Trabalhabilidade: Madeira excelente para serraria, no entanto, requer o uso de técnicas apropriadas de desdobro para minimizar os efeitos das tensões de crescimento. Apresenta boas características de aplainamento, lixamento, furação e acabamento. (IPT,1997)
Secagem: em geral, as Madeiras de espécies de eucalipto são consideradas como difíceis de secar, podendo ocorrer defeitos como colapso, empenamentos e rachas. A secagem em estufa deve ser feita de acordo com programas suaves, combinando, por exemplo, baixas temperaturas com altas umidades relativas. É recomendável a secagem ao ar, ou o uso de pré-secador, antes da secagem em estufa.
PROPRIEDADES FÍSICAS
Densidade de massa (r):
• Aparente a 15% de umidade (rap, 15): 1040 kg/m³
• Básica (rbásica): 867 kg/m³
Contração:
• Radial: 6,6 %
• Tangencial: 9,5 %
• Volumétrica: 19,4 %
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Fonte: (IPT,1989b)
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Flexão:
• Resistência (fM):
Madeira verde: 111,8 MPa
Madeira a 15% de umidade: 121,4 MPa
• Limite de proporcionalidade – Madeira verde: 47,2 MPa
• Módulo de elasticidade – Madeira verde: 13337 MPa
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Fonte: (IPT,1989b)
Compressão paralela às fibras:
• Resistência (fc0):
Madeira verde: 51,1 MPa
Madeira a 15% de umidade: 62,8 MPa
• Coeficiente de influência de umidade: 4,7 %
• Limite de proporcionalidade – Madeira verde: 33,7 MPa
• Módulo de elasticidade – Madeira verde: 15867 MPa
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Fonte: (IPT,1989b)
Outras propriedades:
• Resistência ao impacto na flexão – Madeira a 15% (choque):
Trabalho absorvido: 45,3
• Cisalhamento – Madeira verde: 16,3 MPa
• Dureza janka paralela – Madeira verde: 8757 N
• Tração normal às fibras – Madeira verde: 10,1 MPa
• Fendilhamento – Madeira verde: 1,2 MPa
Resultados foram obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Fonte: (IPT,1989b)
USOS
Construção civil:
• Pesada externa:
postes
cruzetas
dormentes ferroviários
mourões
• Pesada interna:
vigas
caibros
Assoalhos:
tacos
Mobiliário:
• Utilidade geral:
móveis estândar
Outros usos:
cabos de ferramentas
embarcações