Nome científico: Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud., Moraceae.
Outros nomes populares: amarelinho, amoreira-branca, amoreira-de-espinho, jataíba, limãorana, limorana, moreira, pau-amarelo, runa, taiuva, tajuba, tatajiba, tatajuba, tatajuba-de-espinho, tatané, taúba.
Nomes internacionais: fustic (BSI,1991), mora (Bolívia), mora amarilla (Argentina; Bolívia; Paraguai), moral (ATIBT,1982), palo amarillo (Argentina; Paraguai), tatayivá-saiyú.
Ocorrência:
• Brasil: Amazônia, Mata Atlântica, Acre, Amapá, Amazonas, Góias, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo.
• Outros países: América Central, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Venezuela.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela cor, cerne amarelo-limão quando recém cortado, tornando-se castanho-claro-amarelado, alburno branco-amarelado; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; Madeira dura; grã revessa; textura média; superfície lustrosa.
Fonte: (IBAMA,1997b; IPT,1983; IPT,1989a)
Descrição anatômica macroscópica:
• Parênquima axial: visível a olho nu, paratraqueal vasicêntrico, aliforme confluente e marginal ocasionalmente presente.
• Raios: visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial, irregularmente dispostos.
• Vasos: visíveis a olho nu, médios a grandes; numerosos; porosidade difusa; solitários e múltiplos; obstruídos por tilos.
• Camadas de crescimento: pouco distintas, demarcadas por zonas fibrosas e eventualmente pelo parênquima marginal.
Fonte: (IPT,1983; IPT,1989a)
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural: apresenta alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos apodrecedores causadores de podridão branca e parda e cupins-de-Madeira-seca) (IPT,1989a; Chudnoff,1979)
Tratabilidade: cerne não tratável com creosoto (retenção de oleossolúvel abaixo de 10 kg/m3) e nem com CCA-A (retenção de hidrossolúvel abaixo de 4 kg/m3) (IBAMA,1997b)
CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO
Trabalhabilidade: na Madeira de amoreira o aplainamento é regular, a colagem e fixação por pregos e parafusos é moderadamente fácil e apresenta bom acabamento (IPT/SCTDE,1997)
Secagem: a secagem é considerada fácil, mas com defeitos (IPT/SCTDE,1997) Durante a secagem ao ar (de moderada a rápida) podem ocorrer rachas e empenamento (Chudnoff,1979)
PROPRIEDADES FÍSICAS
Densidade de massa (r):
• Aparente a 15% de umidade (rap, 15): 880 kg/m³ (IPT,1989a)
• Madeira verde (rverde): 1220 kg/m³ (IBAMA,1997b)
• Básica (rbásica): 730 kg/m³ (IBAMA,1997b)
Contração:
• Radial: 2,3 %
• Tangencial: 4,3 %
• Volumétrica: 7,2 %
• Coeficiente de retrabilidade volumétrica: 0,44 %
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85)
Fonte: (IPT,1989a)
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Flexão:
• Resistência (fM):
Madeira verde: 138,2 MPa
Madeira a 15% de umidade: 149,4 MPa
• Limite de proporcionalidade – Madeira verde: 54,3 MPa
• Módulo de elasticidade – Madeira verde: 13239 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85)
Fonte: (IPT,1989a)
Compressão paralela às fibras:
• Resistência (fc0):
Madeira verde: 66,9 MPa
Madeira a 15% de umidade: 82,6 MPa
• Coeficiente de influência de umidade: 3,1 %
• Limite de proporcionalidade – Madeira verde: 47,7 MPa
• Módulo de elasticidade – Madeira verde: 15230 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85)
Fonte: (IPT,1989a)
Outras propriedades:
• Resistência ao impacto na flexão – Madeira a 15% (choque): 40,9
• Cisalhamento – Madeira verde: 16,5 MPa
• Dureza janka paralela – Madeira verde: 10179 N
• Tração normal às fibras – Madeira verde: 11,2 MPa
• Fendilhamento – Madeira verde: 1,3 MPa
Resultados obtidos de acordo com a Norma ABNT MB26/53 (NBR 6230/85).
Fonte: (IPT,1989a)
USOS
Construção civil:
• Pesada externa:
cruzetas
estacas
escoras
dormentes ferroviários
• Pesada interna:
vigas
caibros
• Leve em esquadrias:
batentes
janelas
Assoalhos:
tacos
tábuas
parquetes
Mobiliário:
• Alta qualidade:
revestimento (lâmina) de móveis decorativos
peças torneadas
Outros usos:
lâminas decorativas
chapas compensadas
cabos de ferramentas
embarcações (coberturas, pisos, forros)
degrau de escadas singelas ou extensíveis